LER OUTRAS HISTÓRIAS

quarta-feira, 11 de maio de 2011

6 Meses depois e o Gandhi parece estar por perto

Numa quarta feira, 27 de Maio, eu estava a trabalho fora de São Paulo e recebo a seguinte ligacão (era minha irmã):
"Suzy, tenho pistas quentes sobre o Gandhi. abre o seu email"

Meu coração bateu forte.
Acesso a internet e recebo a seguinte mensagem:

"Cachorrinho precisa de ajuda urgente!!! Ele já foi atropelado 2 vezes, na primeira vez machucou a pata, podem ver na foto que tem a pata dianteira torta, agora machucou a coluna, mal consegue ficar de pé, sente muita dor! Nas fotos aparenta um pouco grande, mas ele é pequeno..
Fica o dia todo deitado dentro do terminal de ónibus, sem água e sem comida, pois não deixam a gente alimentar os animais lá dentro, além dele, tem um pretinho muito magro e assustado.
Ajudem a divulgar, quem sabe aparece uma alma boa em condições de ajudá-lo, a minha situação já nem comento mais de tão crítica que está!!!

O terminal de ónibus A. E. Carvalho, fica a 15 minutos do metrô Artur Alvim, na av. Aguia de Haia, altura do nº 3400, esquina com a Estrada do Imperador"


Foto do "tal" cachorrinho no Terminal A.E Carvalho (Itaquera)
 

Depois de ler esse email e ver essas fotos, não consegui parar de chorar...
e a dúvida...é mesmo o Gandhi??? (Tenho certeza que sim!)

A História foi mais ou menos assim:
Carlinhos, uma alma caridosa, ha alguns dias avistava esse cachorrinho no Terminal de Onibus deitadinho num canto, machucado e com fome.
Como não podia resgatá-lo, fotografou-o no dia 25 de Maio e junto com Dona Lourdes fizeram um pedido de resgate pela internet.
O Pedido foi mandado pra muitos protetores pela rede, até que uma protetora o reconheceu como possível Gandhi e então ligou pra minha mãe:
"Será que não é o gandhi?!"
Minha mãe, sem dúvidas, atravessou a cidade em direção a Itaquera pronta para encontrar o nosso cachorro. Quando chegou lá, ele já não estava mais.
Perguntando pra um e pra outro, descobriu que ele já havia sido resgatado apenas UM dia antes.
Uma mulher passou por lá com uma coleirinha, colocou o Gandhi no colo e levou ele embora.
Tudo isso aconteceu em apenas 3 dias.

Agora já são 2 semanas de buscas intensas....e nada.
Tem muita gente me ajudando nesse caso, e eu tenho certeza que vou encontrá-lo.


Apartir de algumas investigacões, descobrimos que a Mulher que pegou o Gandhi, mora lá por perto.
E por enquanto só isso.


Como pode uma coisas dessas. 6 Meses depois...ele estava ali...e agora não está mais.
Nada é por acaso!
E se esse caso chegou até aqui, é pq ainda não teve um fim.
E se tudo der certo, em breve teremos um final Feliz!


Agora, olha só pq tenho certeza que é o Gandhi!
Comparação das fotos tiradas no Terminal com fotos do nosso Gandhinho.







segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vários Gandhis em São Paulo

Mesmo depois de um mês e meio que o Gandhi sumiu, eu continuo nas buscas e na divulgacão.
E o mais louco é perceber o quanto isso funciona.
Colar cartazes pela cidade trazem frutos; muitas ligacões de almas caridosas e atentas.
Tudo começa com uma ligação de um número desconhecido. O coração logo palpita.
Sim, estou vivendo essa emoção a cada ligacão de remetente desconhecido.
E essas ligações são sempre mais ou menos assim:
"Olha, seu cachorro acabou de passar por aqui" (lá na Vila Olímpia)
Escuto essa frase, largo tudo o que estou fazendo e vou!
Atravesso a cidade e quando chego lá, enquanto percorro as ruas, o cara do posto de gasolina que me ligou, vai me ditando pelo celular pra onde ele está indo. Sendo perseguido pelos rapazes da rua. Ninguem consegue segurar o cachorro.
Saio correndo e quando encontro...não é o Gandhi. Mas é um SRD, branco e caramelo, porte médio pra pequeno....
Tentei apanhar pra ver se encontrava o dono, mas foi em vão.
No meio dessa peripécia, o telefone toca, remetente desconhecido, coração batendo forte.
"Oi, é do cachorrinho, então, eu to aqui na frente do parque villa lobos e um cachorro igual  ao do cartaz acabou de passar por aqui. meu marido foi atras dele pra ver se pega"
Eu saio da Vila Olimpia e sigo até a Vila Leopoldina.
Ninguem pegou o cachorro.
Ando, ando, espalho cartazes, falo com as pessoas, e depois de muito tempo, é que eu encontro um tal de cachorro, tbém parecido com o Gandhi.
Tentei resgatar, mas não consegui.

Alarmes como esse aparecem bastante, vezes são cachorros parecidos e vezes não encontro cachorro algum. É angustiante mas me enche de esperança!

Só sei que viver isso é muito novo pra mim e muito emocionante tbém.
VAMOS ACHAR O VERDADEIRO GANDHI!!!!

Esse é o Lupinho - Não é o Gandhi!


Esse lindo aqui, tbém não é o Gandhi.

Nem esse!

Nem esse!

Nem esse...tadinho!


Esse é o Gandhi!!!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Família Canina

 Como eu disse a alguns posts atrás, o Gandhi nasceu na Ilha Grande e teve uma infância invejavel a qualquer vira-lata que se preze.
Morávamo na Praia do Abraão, numa casinha geminada, cercada de floresta, no alto de um morro, de onde víamos e ouvíamos o mar.
Eu e o Gandhi no quintal de casa

















 

O Gandhi cresceu na companhia de muitos outros cachorros.
A Ilha Grande é o paraíso pra eles, porque é um lugar cercado de mar, sem transito de veículos e muitos "barzinhos" pra petiscar.

No mesmo terreno que o nosso, tinham mais duas casas, cada casa com um cachorro.
E os três vira-latas adoravam fugir.
O Gandhi apesar de ser o mais novo, era o líder dos fujões. Ele cavava um buraco na terra,  atravessava a cerca, e na maior cara de pau esperava suas amiguinhas do lado de fora. Passavam na casa da frente e chamavam mais dois, passavam na rua de baixo e chamavam mais um.....se juntavam na Matilha e partiam pra bagunça.

Gandhi esperando "as meninas" na Rua das Flores (olha a bagunça que a vira-latagem fazia)

Lady e Crista - As primeiras companheiras de Gandhi
Aí o Gandhi voltava  todo sujo, cheirando a carniça e feliz da vida. Foi difícil segurar aquela cerca.
Nessa vida perfeita, Gandhi fez vários amigos fora a Crista e a Lady.
A Crista logo foi embora com a família, breve chegou outra família e dessa vez com a Tutu. Uma Boxer já bem madura que tentou educar um pouco o molecão. Foi o primeiro amor Boxer do Gandhi.

Tutu e Gandhi (O primeiro Boxer a gente nunca esquece)

 Depois teve a Frida, a gurdiã do Tribos Bar (a noite mais bacana do Abraão). Ela era muito amiga do Gandhi na época em que ele era boêmio...até que um dia ele resolveu comer a comida dela. Safado! 
A Frida não gostou e lhe deu uma bela lição, ele ficou bem chateado. E aí eles ficaram um bom tempo sem se ver.
 
Frida e Gandhi

Depois veio o Segundo grande amor Boxer do Gandhi...o Tobias
Tobias, guardião da pousada Vivenda das Bromélias e filho de artista.  Um belo boxer macho que o adotou como irmão mais novo. Adoravam aprontar pela cidade, e o melhor é que Tobias por ser forte sempre  defendia Gandhi das gangs adversárias.

O Tobias recém nos deixou e está olhando pro Gandhi lá de cima...

Aí teve o Rasta José. Esse cachorrinho foi jogado numa estrada e parecia um travesseiro de pelos, mas a Bruna o salvou e levou ele pra Ilha com ela pra praticar bastante Yoga. Um dia a Bruna foi viajar e Depois de um tempo, os dois vieram morar em São Paulo. Aliás, foi o Rasta que trouxe ele pra cá.
(essa é uma outra história pra contar)
Rasta José e Gandhi
O Gandhi teve tbém vários outros amigos caninos outros tantos felinos, só que não cabe a foto de todo mundo por aqui.
A Ylang foi a primeira namorada de Gandhi.
Uma Poodle linda, (Rafa, tá me devendo a foto dela) que durante um tempo morava na casa em frente a nossa.
Quando a gente se mudou pra Paraty os dois moraram na mesma casa. Ylang no Cio. Gandhi castrado...estava tudo aparentemente sob controle, quando de rrepente. "Ain ain ain!!!" Gritos caninos.
Eu e o Rafa corremos pra ver, e os dois sem vergonha estavam "grudados".
Sexo seguro...a Ylang não prenhou e eles foram muito felizes enquanto viveram juntos ali.

Depois disso é que o Gandhi vem pra São Paulo e conhece o seu grande, grande amor Boxer.
A Krika.
Ela tá sentindo TANTA falta do Gandhi.

VOLTA LOGO GANDHI!





sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Esse cachorro perdido na cidade grande? Não dá.

Lopes Mendes (Ilha Grande/RJ), uma das praias mais bonitas do Brasil.
Um dos lugares preferidos do Gandhi e meu tbém...
 O Gandhi adora passear por lá. Afinal, é  terra onde ele nasceu.


 




Um pedido a Yemanjá


Amado Gandhi, Prometo, assim que te encontrar te levar pra Lopes, para um belo banho de mar

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Um dia de busca e aventura

Na tarde de ontem, Esther (minha mãe, cuja eu chamo de Vó do Gandhi, mas hei de admitir em público a tutora oficial dele na ocasião) recebeu uma ligação. Era o Seu Luiz (Seu Luiz é um senhor bem interessante que mora lá no Brooklin).
Ele relata pra minha mãe que vira um cachorrinho muito parecido com o Gandhi, morando já a alguns dias numa obra por alí.

Exatamente na Rua Tomé Portes, 677












Recebendo essa notícia, convidei o meu colega de trabalho André Moreira para se aventurar atrás do meu cachorrinho desaparecido.
O Caminho do meu trabalho, até o Brooklin, seria bem demorado. Meu coração estava batendo forte e fiquei muito ansiona.
Eureka! (Facebook)
Logo soltei a mensagem :Viram um cachorro parecido com o Gandhi no Brooklim!
A mensagem causou um pequeno movimento e logo amigos que estavam por perto
se prontificaram a ajudar.
Quando chegamos por lá, Julia e seu cachorro Iron já estavam procurando por pistas de um possível Gandhi.
O portão da obra estava fechado e não vimos nenhum movimento.
Gritei por ele mas, nehum sinal.
"Será que ele estaria lá dentro escondido? Atenderia o meu chamado? Ou será que está na rua procurando comida?"
Aí logo chegou o Richard e cheio de coragem pulou o muro. Nada de cachorrinho, apenas as pegadas.
Seu Luiz, ex guerrilheiro na Amazônia, ex corredor do globo da morte da morte, ex empresário e atual sucateiro, me contou um pouco do tal do bichinho e reafirmou a semelhança.
Dei uma volta pelo quarteirão e chamei do outro lado do terreno. Nada diferente.
Estava escurecendo e eu resolvi esperar.. A noite seria fria e úmida.
Seu Luiz serviu café e pãozinho pra gente e continuou contando suas histórias.
Sem noticias de Gandhi resolvemos partir.
Sem contar as coisas estranhas que aconteceram aquela noite na rua Tomé Portes.
Enfim,
Hoje a Júlia passou por lá e fotografou o tal do cachorrinho que infelizmente não é o Gandhi.
Vamos então continuar as buscas.
De qualquer forma, esse aí é um cachorrinho perdido e muito assustado.

"..este cachorro que encontramos também esta perdido e é muito fofo, se alguem puder resgatar, ele está no campo belo. Rua tomé Portes 677 portão azul, Campo Belo/Brooklin - É uma construção abandonada e fácil de pular..."


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Como Gandhi desapareceu

Alguns anos depois e após muitas aventuras, Gandhi virou um cachorro da cidade.
(Importante eu contar pra vcs como ele veio parar aqui; no próximo POST)

Se não bastasse, eu ainda quis transformá-lo num cãozinho ATOR.
Fazer um filme de Maria de Medeiros e contracenar como o cãzinho de estimacão de Denise Fraga.

"Contracenar com a Denise Fraga? Meu maior orgulho! 
Num filme de Maria de Medeiros!
Que honra desse cãozinho Badjeco."
(É chamado de Badjeco quele que nasce na Ilha Grande)


 Pra quem não me conhece, sou cineasta.
E pra quem não conhece, Maria de medeiros, atriz, diretora e cantora portuguesa.
http://www.mariademedeiros.net/






Para a história do filme, Maria precisava de um cãozinho Vira-Lata pequeno, fofo e branquinho.
Eu mostrei a foto de Gandhi. Maria aprovou na hora: "Ele é lindo!"

Numa quarta-feira, dia 03 de Novembro, final da tarde, Peguei o Gandhi e seu kit completo: Caminha, ossinho, coleirinha, saco plástico e segui com ele para a Base de Producão do filme.
Antes de começarmos a jornada de trabalho, costumamos tomar um lanche.
Gandhi adorou o momento do paparico e os 23 pedacos de torta de frango que ele ganhou facilmente fazendo essa carinha.










Depois do Lanche reforçado deslocamos para o set.
Chegando lá, como todo bom ator, Gandhi tinha seu cantinho reservado e tudo.
Mas na hora da cena, o inesperado aconteceu.
Eu estava do lado dele, oferecendo um pão de queijo, mas acho que ele não estava entendendo nada...
Algo caiu no chão, ele se assustou muito e saiu correndo feito um relâmpago.
Eu corri atras dele feito louca.
Martim (um membro da equipe) correu na minha frente e gritou:
"O Gandhi atravessou a Rebouças e eu não consegui ir atras dele"
Eu no instinto de mãe, atravessei gritando a Rebouças as 21h, sem parar, pedindo para que os carros parassem.
"Meu cachorro!!!"

Gandhi é quase um cachorro de corrida, muito parecido com aqueles Galgos e Whippets.
Sumiu de vista...
Momento de desespero e dor (nunca imaginei que fosse assim, aliás, nunca imaginei que isso pudesse acontecer)
Muitos da equipe me ajudaram, mas o Gandhi sumiu.

Prestem atenção no mapa.
A Bolinha Azul, era o local da Filmagem.
O Traçado verde, foi por onde o Gandhi correu (e nós atrás).
A Bolinha Vermelha foi onde eu caí e chorei...
A última pessoa que viu o Gandhi, foi um guardinha da rua que falou: " Ele foi correndo em direcão a Gabriel, tentei pegar ele, mas ele corre demais..."
De lá, pra onde ele foi....eu ainda não sei.



Ouvindo o meu desespero, Cleide, uma moradora do bairro e cachorreira, pegou o meu braço, e sem me conhecer, me colocou dentro da casa dela, no carro dela e foi dar uma volta comigo atrás do Gandhi.
Gritamos pelo seu nome e perguntamos pra muita gente, mas...nada...
Tinha o Denis de moto, o Uberlan de carro, o Zeca andando....
Uma grande parte da turma me ajudou a procurá-lo, mas sem sinal.

Até agora...
ONDE ESTARÁ O GANDHI?
(Preciso de ajuda para encontrá-lo)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A aparição do Cachorrinho

Ano de 2004, Ilha Grande, Angra dos Reis/RJ.
Foi lá que conheci a Cris e fui morar na casa dela.
Eramos 3: Eu, Cris e Custelinha. Todas nós sem nenhum histórico canino.
Certo dia, a Cris estava na casa da Luana uma amiga protetora dos animais e ouviram do lado de fora um cãozinho chorar.
Era um pequenino filhote abandonado na porta. Luana não poderia ficar com ele.
A Cris, toda sem jeito pegou o Gandhi na mão e veio com ele pra casa.

Cris:  
"Suzy o que eu faço com isso?"

 Eu: 
"Vamos cuidar dele, até acharmos alguém que queira."


Pura Ilusão.
Como num passe de mágica, nos apegamos ao bichinho.
Eramos 3 Mães, 2 Pais, alguns Tios, Madrinhas, Padrinhos e vizinhos.
Quem não queria paparicar.

"Lá fora Gandhi"

De boca em boca, descobrimos que o Waldeck sabia de quem ele era cria:
A Princesa (uma vira-latinha lá do alto do morro) havia cruzado com o Sagaz (um belo Pastor Canadense) e tiveram apenas UM filhote!

 Esse aqui é o Sagaz, Pai do Gandhi.



















 Waldeck sempre teve certeza de que esse filhote é o Gandhi.
 Aliás, o nome dele veio fácil...
Pra quem não conhece,...Gandhinho, O MAHATMA GANDHI BALDINHO!